A relação da criança com o medo

A relação da criança com o medo

Com o desenvolvimento infantil, o medo ganha outros contornos e um dos principais deles é o de ficar longe dos pais.

O medo é um sentimento presente em todas as fases da vida, mas que se manifesta de formas diferentes em crianças e adultos.  

Mesmo para as crianças o medo se apresenta de maneiras distintas. Nos bebês, está relacionado principalmente com os barulhos. A queda de um objeto, uma buzina de carro, enfim, sons que podem gerar insegurança para o pequeno. 

Com o desenvolvimento infantil, o medo ganha outros contornos e um dos principais deles é o de ficar longe dos pais. Isso coincide com as primeiras experiências de se ver longe da mãe, por exemplo, quando ela retorna ao trabalho depois do período de licença.  

Esse medo é ainda mais alimentado no caso das crianças que vão para a escola. Por isso, nessa fase de adaptação é comum a criança ter ansiedade e crises de choro. 

Ao passo que vai crescendo, os medos da criança vão mudando. Aos 4 anos de idade, aproximadamente, começam a surgir os medos de monstros e do desconhecido, que se expressa mais à noite, quando está escuro e a criança vai dormir. Esses medos, podemos dizer que “evoluem” conforme a idade avança, para elementos mais fantasiosos, como fantasmas, palhaços e zumbis. 

Para os pais, é importante dar crédito ao medo dos filhos nessas idades, deixando claro que não há perigo. Atitudes como olhar debaixo da cama, abrir o armário e olhar atrás da cortina, mostrando que não existe ninguém ali, ajudam a criança a lida melhor com o medo. À noite, também podem deixar uma pequena fonte de luz no quarto, para que a criança possa enxergar o ambiente. 

A partir dos sete anos de idade, as crianças passam a ter uma consciência maior sobre o mundo e sobre si mesmas. Dessa forma, o medo ganha novos contornos, mais reais: medo da morte, de doenças, de violência como assaltos, são alguns deles.  

 

O papel do colégio para combater o medo 

A escola também tem uma participação importante para ajudar a criança a vencer seus medos, pois é lá que a ela reforça seus sentimentos de segurança quando está longe dos pais.  

Para lidar com o medo inicial da ausência dos pais, os educadores precisam ter tato e conversar de maneira franca com a criança, dizendo que os pais vão voltar e que enquanto isso, ela pode passar momentos divertidos com os amiguinhos. Por isso, oferecer ambientes e atividades que estimulem a diversão e fundamental para a escola. 

Para os medos relacionados ao imaginário infantil, contar histórias é uma ótima alternativa. Além dela, a escola pode oferecer outras atividades que “brinquem” com o medo dos monstros, como teatro, música e desenho, ajudando a criança a rir daquilo que a deixava com medo. 

 

A influência dos pais nos medos reais 

É importante ressaltar que os medos reais, aqueles relacionados à morte e à violência, sofrem grande influência dos pais. Caso eles demonstrem constantemente tais preocupações, falem repetidamente sobre o assunto, maiores são as chances de passar essa sensação para as crianças. A insegurança e o excesso de preocupação dos pais podem contribuir para que a criança também tenha esses sentimentos.  

Outro ponto interessante é evitar a criança à exposição de notícias que envolvam violência, como assaltos, sequestros e mortes, pois podem influenciar os pequenos.  

O medo, como dissemos, faz parte da vida. Está presente em todas as fases. Mas nos primeiros anos, é essencial que a criança comece a aprender a lidar com eles. Para que possa se tornar um adulto seguro que saiba administrar seus medos da melhor forma. 

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