Em todas as fases da vida, a inteligência emocional é uma das mais valorizadas habilidades que o ser humano pode desenvolver e aplicar. Principalmente na fase adulta, dentro do ambiente de trabalho. Diversas pesquisas mostram que a inteligência emocional é a característica mais buscada pelas empresas de recrutamento.
Por isso, quanto mais cedo a inteligência emocional for trabalhada, maiores as chances dela se desenvolver durante toda a vida. Nesse aspecto, o papel da escola ganha muita importância.
Definindo o que é inteligência emocional
O conceito de inteligência emocional é relativamente novo. Destacou-se na década de 1990, com o livro “Inteligência emocional: por que pode ser mais importante do que o QI”, do jornalista científico americano Daniel Goleman. No livro, inteligência emocional está definida como o resultado entre o equilíbrio da razão e da emoção. O tema abrange cinco áreas: autoconhecimento, automotivação, controle emocional, habilidades de relacionamento e empatia.
Dessa forma, independentemente do nível do QI e do desempenho acadêmico e profissional da pessoa, ter o domínio emocional diante dos desafios da vida é um fator preponderante para alcançar os melhores resultados.
As emoções e sua importância
A emoção pode ser definida como uma reação provocada por um estímulo do ambiente ou cognitivo. Essa reação acaba produzindo alterações no cérebro, que então se reflete no organismo.
Muitas emoções estão hoje relacionadas com o medo. A pandemia da Covid-19 intensificou esse sentimento, que se desdobrou no medo de adoecer, no medo de perder o emprego, no medo de se isolar e assim por diante. Além, é claro, dos outros medos da vida moderna, como a violência, o trânsito e as cobranças pessoais e profissionais.
Lidar com as emoções é um processo presente em todos os setores da vida, começando na sala de aula até o ambiente de trabalho e dentro de casa também. Aplicar as habilidades da inteligência emocional, portanto, ajuda a entender melhor essas emoções e as controlar quando elas surgem.
A inteligência emocional no ambiente escolar
A aplicação da inteligência emocional na grade curricular é nova. O seu desenvolvimento e utilização para a melhora do desempenhou acadêmico surgiu com a criação, em 2017, da BNCC – Base Nacional Comum Curricular.
Trabalhada de forma constante, a inteligência emocional nas escolas contribui para que o aluno controle suas emoções em situações diversas, estimulando as cinco áreas descritas no livro de Daniel Golemam e citadas anteriormente.
A partir do controle emocional, criança e adolescente têm condições de compreender a situação e, mais ainda, entender as emoções das outras pessoas envolvidas nessa situação.
Trabalhando esse processo desde os primeiros anos escolares, é possível formar adultos preparados para encarar os desafios da vida com inteligência emocional, equilibrando a razão e a emoção.
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